CARTA DO PRESIDENTE

O Brasil que, tradicionalmente, ocupou lugar de destaque na fruticultura mundial como grande produtor de citros, banana e abacaxi, não só consolidou essa liderança como também se firmou como um dos maiores produtores e exportadores de manga, mamão, caju e maçã, entre outras. Os avanços tecnológicos que permitiram o nosso país alcançar esse patamar vêm sendo abordados e discutidos pela comunidade científica em congressos, simpósios e fóruns de debates em níveis regional, nacional e internacional.

Acompanhando o “boom” desenvolvimentista da fruticultura brasileira como um todo, a fruticultura nordestina, em particular, vem aos poucos se firmando nesse cenário e suas frutas típicas, nativas e exóticas, antes restritas às áreas de ocorrência espontânea e sub-espontânea, já começam a ser exploradas comercialmente. A valorização dessas frutas, de sabor e aspecto diferentes, tem aumentado nos últimos anos, fazendo com que espécies como a graviola, mangaba, sapoti, cajá, acerola, entre outras, já sejam disponibilizadas, in natura e processadas, nas gôndolas e congeladores de grandes cadeias de supermercados.

Diante disso, a iniciativa da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA em realizar, no Recife, o Simpósio Brasileiro sobre Umbu, Cajá e Espécies Afins – SiBUC, conjuntamente com a Embrapa (Tabuleiros Costeiros, Agroindústria Tropical e Semi-Árido) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco, com apoio da Sociedade Brasileira de Fruticultura, é um testemunho da importância que algumas dessas frutas, como o umbu, cajá, cirigüela e outras espécies do gênero Spondias, representam no contexto social e econômico das populações que habitam o semi-árido nordestino, e as regiões úmidas e sub-úmidas do Norte e Nordeste do Brasil.

Durante os três dias de duração deste simpósio, o primeiro do gênero a ser realizado para tratar dessas frutas, serão abordados os principais aspectos relacionados à cadeia produtiva, incluindo o melhoramento e recursos genéticos, propagação e produção de mudas, manejo e tratos culturais, fitossanidade, pós-colheita, comercialização e mercado, e tecnologia de alimentos e agroindústria.

A cidade do Recife, sede do evento é a capital multicultural do Nordeste e uma das mais belas e pujantes cidades, com seus ricos monumentos históricos, intensa vida cultural e importante pólo econômico e tecnológico, sem falar nas suas múltiplas atrações turísticas e afamada gastronomia. Além disso, a sua posição estratégica permite fácil deslocamento para todas as capitais e principais cidades brasileiras.

Em nome da Comissão Organizadora do SIBUC, damos as boas vindas a todos os participantes, ao mesmo tempo em que desejamos que este simpósio seja coroado de pleno êxito.

Ildo Eliezer Lederman
Presidente da Comissão Organizadora